Olá Pessoal, tudo bem com vocês?
Nossa, passei quase um mês sem aparecer aqui né? Pois é, a vida anda uma loucura! Esse final de semana está rolando o Encontro Norte e Nordeste de Fisioterapia Dermato Funcional e claro, não estou perdendo nenhum dia!
Mas enfim... hoje no curso com a professora Mariana Negrão, ela abordou um tema muito legal sobre olheiras e seu tratamento com microagulhamento. E foi daí que surgiu a inspiração para esta postagem: Porque não fazer um post sobre a classificação dos diferentes tipos de olheiras?
Nós sabemos da importância de uma boa avaliação para o sucesso dos nossos tratamentos... Afinal, se não soubermos diferenciar uma olheira por hiperpigmentação de melanina e uma olheira por déficit de oxigenação naquele local, nunca saberemos que recurso usar para tratar de fato.
Sendo assim, o intuito do post não é ensinar ninguém a avaliar olheiras (até porque isso deve ser aprendido e estudado com cautela, e não descrito em um blog), mas sim, mostrar os diferentes tipos e classificações da patologia.
Achei um artigo muito legal, da Surgical and Cosmetic Dermatology que é de onde tirei as classificações... Devemos sempre nos basear em evidências! Sem mais, vamos lá!


As olheiras podem se classificar (de acordo com sua etiopatogenia) da seguinte maneira:

1- Hiperpigmentação palpebral, que pode ser:

- Hipercromia idioopática cutânea primária: que é de origem genética, uma desordem congênita que resulta na deposição de melanina na derme e epiderme.
- Hipercromia secundária a hiperpigmentação pós inflamatória: que é causada por fricção excessiva da região (geralmente em pessoas alérgicas) ou dermatites em geral.
- Fotossensibilidade causada por medicamentos
- Radiação ultravioleta (UV): que causa atrofia cutânea, estimula os vasos sanguíneos e escurece a pele.
- Deposição de hemossiderina: Pigmentação por excesso de ferro

2- Vascularização:

As olheiras causadas pelo fator vascular podem se dar por um déficit de aporte de nutrientes àquela região ou até mesmo por uma diminuição da drenagem linfática fisiológica da face.

3- Alteração no contorno das pálpebras inferiores, que pode ser:

- Flacidez de pele por fotoenvelhecimento, com atrofia da pele devido a perda de colágeno
- Depressão do osso da órbita ocular, com formação de sulcos profundos (que geralmente só conseguem ser tratadas por médicos, com preenchimento por hidroxiapatita de cálcio)
- Bolsas palpebrais inferiores, que podem ser bolsas de edema e bolsas de gordura (não tratáveis).


A foto acima é do artigo que falei anteriormente que é muito legal para entender sobre a etiopatogenia das olheiras. Apesar dele também falar sobre tratamento médico (que não é nossa área), vale a pena a leitura! 

Então gente, muitas vezes os tratamentos não respondem e não dão resultados porque não sabemos avaliar corretamente aquela pele. Uma lâmpada de wood, por exemplo, pode ser bastante útil na hora de diferenciar uma olheira por deposição de melanina na epiderme de uma olheira por hemossiderina, por exemplo.
De uma forma muito geral, possuímos uma infinidade de recursos diferentes para tratar olheiras, a depender do seu tipo. Podemos citar alguns:

Peelings
Microagulhamento
Ativos descongestionantes e estimuladores da microcirculação
Carboxiterapia
Microcorrentes
Clareadores

Uma olheira por deficiência na vascularização, precisa ser tratada de modo a descongestionar, estimular a drenagem e a microcirculação daquele local. Já uma olheira por deposição de pigmento, precisa ser tratada de modo diferente, de forma a tentar parar o estímulo causador de pigmentação, clarear e hidratar a área... Por isso é tão importante entender que as olheiras podem surgir por vários mecanismos.  

Por hoje é só pessoal, a postagem de hoje foi bem simples, porém de grande utilidade para todas nós! Espero que tenha sido construtiva, até a próxima!

Sara Neves.