Oi pessoal, tudo bem com vocês?

Esta semana andei mostrando no stories do instagram do blog ( @blogfisioestetica ) alguns produtinhos profissionais que eu havia comprado, que servem para o tratamento de gordura localizada, celulite (FEG) e flacidez. Como prometido, trouxe a resenha para vocês! (Lembrando que este não é um post publicitário, e eu não possuo parceria com a empresa).


Bom, conheci a marca através da internet e o que mais me chamou a atenção foi o fato de seus produtos possuírem, na maior parte da sua composição, ativos naturais. Fui conhecendo algumas linhas da marca e percebi que o forte deles, a princípio, eram produtos voltados para tratamentos corporais.
E aí está a importância de se estudar cosmetologia: Ir lendo a composição dos produtos, e saber para que serve e no que dará bons resultados, sem precisar acreditar 100% no que as publicidades nos dizem.
Mas enfim, comprei 4 produtos que os ativos me chamaram bastante a atenção. Já venho testando há algum tempo, e trouxe minha opinião a respeito deles! Espero que vocês gostem! (As fotos de antes/depois utilizando produtos, eu costumo postar na página do instagram, a medida que os resultados vão aparecendo, então segue lá!).

1- Creme Lipotérmico com cafeína e extrato de chá verde


Um creme riquíssimo em ativos lipolíticos, descongestionantes e que ativam a circulação, tais como: Cafeína, Extrato de Centella Asiática, Extrato de Hera, Extrato de Gingko Biloba, Extrato de Chá verde, Bioex anti-lipêmico e Nicotinato de metila.
Esses ativos, juntos, irão promover uma hiperemia local e elevação da temperatura tecidual, devido ao estimulo à vasodilatação, que irá desencadear numa ação descongestionante e estimular a drenagem de líquidos e toxinas.
Achei a combinação de ativos ideal para aquela massagem redutora/modeladora/ativadora na paciente.


Achei a textura ótima, rende bastante, com pouco produto já conseguimos espalhar no abdômen inteiro. Além disso, após poucos movimentos, já conseguimos visualizar a rápida absorção do produto na pele e a hiperemia.
Devemos tomar muito cuidado com pacientes que possuem alergia ao nicotinato de metila, e sabermos diferenciar a hiperemia desejada de uma reação alérgica provocada.
Eu imaginava que pela quantidade de ativos (e até pela própria cafeína), o produto iria ter um cheiro bem forte. O que não ocorreu, o cheiro é bem suave, quase imperceptível. 

2- Esfoliante com semente de apricot


Antes de iniciarmos qualquer tratamento, seja ele facial ou corporal, o ideal é esfoliar a região, para eliminar as impurezas e as células mortas, além de afinar o extrato córneo da pele, para promover uma maior penetração dos ativos seguintes.
Os ativos desse produto são:
Semente de Apricot: Os grânulos e micropartículas das sementes de damasco, funcionam como um esfoliante mecânico.
Microesfereras de polietileno: Também contribuem na ação de esfoliação mecânica.
Extrato Glicólico de pêssego: Devido aos sais minerais presentes, possui ação hidratante. Devido a presença de AHA's, possui ação renovadora celular (Esfoliação química). E, por fim, devido a presença de vitamina A, possui propriedades antioxidantes.


Preciso nem dizer que o fato de o produto ser rosa, já me conquistou 50% né? haha. Brincadeiras a parte, o esfoliante também tem uma textura muito gostosa. A esfoliação segue como algo confortável, nada de muito abrasivo para a paciente.
Um ponto que achei maravilhoso foi: A fácil remoção do produto. Não suporto esfoliantes que são difíceis de retirar. Sabe aquela sensação de AREIA na pele da paciente? Então, não fica. O que fica é uma sensação de pele limpa e hidratada. Gostei muito.

3- Loção para Flacidez com DMAE


Acho que todo mundo aqui já ouviu falar nos "Ativos DMAE", né? Mas o que eles fazem? São ativos revolucionários na cosmetologia, que de certa forma, são novidades no mercado. Possuem um maravilhoso efeito tensor  da pele. O diferencial? Eles prometem agir nas camadas mais profundas da pele, chegando a nível muscular ( e não somente a nível superficial, como a maioria dos cosméticos).
Além disso, possui colágeno e elastina, tudo que nós amamos para dar sustentação e flexibilidade à pele.
Para finalizar, possui ainda Raffermine, que é um agente que reestrutura a derme (fortalecendo sua estrutura molecular), promovendo um efeito firmador imediato.

Bom gente, acho que devo aplicá-lo mais vezes para ver se realmente ele age a nível muscular. Até agora, o que eu pude perceber é esse leve efeito tensor imediato da pele. Vou observar ao longo das sessões nas minhas pacientes e torno a falar dele no instagram!

4- Fluido hiperemiante de vinhoterapia


Deixei este por último, pois foi o que mais causou "polêmica" no instagram, várias meninas me perguntando a respeito.
Então, nós sabemos que a vinhoterapia já vem em alta nos tratamentos faciais há algum tempo, pelas poderosas ações antioxidantes do extrato de uva. O que foi novidade para mim, e acredito que para algumas de vocês também, foi a introdução da vinhoterapia nos tratamentos corporais.
No corporal, o extrato de uva torna-se um potente ativo no combate às estrias, devido a presença de Vitamina E. 
Além disso, o produto apresenta vários ativos lipolíticos já citados aqui no post, tais como: Centella Asiática, Extrato de Hera, Nicotinato de Metila, Extrato de chá verde e etc.
Achei o cheiro FANTÁSTICO e achei que a ação hiperemiante é mais potente neste produto, do que no creme lipotérmico.
Gostei muito de utilizá-lo com fonte de calor. Então se você possui manta térmica, pode utilizá-la junto! O fluido não tem cor, parece água. Bem tranquilo de utilizar.

Então meninas, estas foram as minhas impressões gerais sobre os produtos, conforme eu for obtendo resultado nas minhas pacientes, vou mostrando a vocês nas redes sociais, onde a comunicação é mais rápida e mais fácil!

Vocês já usaram algum produto da marca? Gostam? Me contem!

Abraços,

Sara Neves.

Oi pessoal, tudo bem com vocês?

Já faz um tempinho que não falamos sobre cosmetologia aqui no blog, né? Já estava até com saudades. Vou logo adiantando que em breve vocês verão muitas novidades a respeito de cosmeto aqui! (Inclusive novas resenhas, que vocês tanto me pedem!).
Bom, nós sabemos que as máscaras faciais são um recurso muito utilizado por todos que trabalham na área da estética. O que alguns não sabem, é que existem diferentes tipos de máscaras, para as mais diversas funções (e não somente hidratação, ok?).
Nós podemos ter máscaras nas mais diversas formulações. As mais comuns são: Cremes, Géis, Pós e Gomas.
Conforme o ativo da sua fórmula, elas podem ter efeito: Calmante, oclusivo, descongestionante, antioxidante, ceratolítico, secativo, rubefasciente, antisséptico, adstringente, nutritivo, revitalizante, clareador e tensor.


Também vale ressaltar que as máscaras não devem ter uma secagem muito rápida, para permitir uma maior permeação dos seus princípios ativos (hoje em dia, com a nanocosmetologia e cosmetologia ortomolecular, essa permeação tem se tornado cada vez mais rápida e mais potente). Vamos conferir algumas classificações?


Também conhecidas como máscaras hidroplásticas, são máscaras que "endurecem" após a sua aplicação e tem um efeito mecânico sobre a pele, melhorando a flacidez e vitalidade cutânea. Geralmente são aplicadas sobre gaze umedecida com loções tônicas, soro fisiológico ou água destilada. Atualmente, é muito comum utilizar as máscaras hidroplásticas para ocluir outros ativos como séruns e outras máscaras, potencializando sua ação.


São máscaras que contém álcool em sua formulação, além de formulações específicas para efeito adstringente, sendo ideal para peles oleosas e com acne.


São máscaras com formulações muito ricas em ativos. São utilizadas principalmente em tratamentos de rejuvenescimento, hidratação e revitalização da pele. Os compostos desse tipo de máscara, são absorvidos a medida que a máscara seca sobre a pele.
A maioria das máscaras pastosas contém FPS, o que contribui para um tratamento facial completo.
OBS: As máscaras em creme, um pouco diferente das pastosas, também são muito ricas em ativos. Porém, podem ser mais facilmente utilizadas para massagem facial, DLM e até serem utilizadas para emoliência.


As máscaras em pó são aquelas que são dissolvidas e preparadas instantes antes da aplicação na pele da paciente. As hidroplásticas também são um tipo de máscara em pó, além das argilas, que são um exemplo clássico.
Geralmente essas máscaras são utilizadas com finalidades secativas e estão associadas à ativos que combatem a oleosidade da pele. São portanto, juntamente com as máscaras adstringentes, exemplos clássicos para tratamento de peles acneicas.
Gostaria de me deter um pouco mais falando da argiloterapia, mas vou deixar para uma postagem específica do tema!


Como o próprio nome da já diz, são aquelas que contém ácido na sua formulação. Seu objetivo principal é a renovação celular, o que tornam elas excelente no tratamento de manchas hipercrômicas. Geralmente estão associadas à Vitamina C em sua formulação, por ser outro potente clareador da pele ( para ler sobre os benefícios da vitamina c clique aqui). 
Seu tempo de permanência na pele deve ser mais breve do que os outros tipos de máscaras, para não ocorrer lesões devido aos ácidos (atentar quanto ao peso molecular dos mesmos).

Então pessoal, este foi um breve resuminho sobre os diferentes tipos e funções de máscaras faciais. É avaliando a pele e as necessidades de cada cliente, que decidiremos qual melhor cosmecêutico a ser aplicado.

REFERÊNCIAS:
- Cosmetologia: Descomplicando princípios ativos (Rosaline Kelly Gomes e Marlene Gabriel Damazio)

Volto logo logo com novidades!
Bom Domingo!

Sara Neves.

Olá, Pessoal!

A postagem de hoje é bastante especial. Depois de fazer o curso de formação no atendimento em pré e pós operatório de cirurgia plástica estética e reparadora com a professora Inês Cristina, meu atendimento mudou totalmente. Recomendo MUITO o curso dela para quem tem interesse na área.
Meu intuito com a postagem de hoje, como sempre digo, não é capacitar ninguém. Mas sim, nortear vocês para que vocês busquem sempre estudar e se capacitar.
Confesso que essa parte de pós operatório não me atraia muito, a princípio. Hoje em dia, é uma das minhas paixões quando se trata de fisioterapia dermato funcional.
Trabalhar com pós operatório requer muita sensatez. As pacientes querem resultados quase que imediatos e muitas vezes os profissionais acabam por não respeitar as fases do processo de cicatrização e reparo, passando a utilizar recursos indevidos e prejudicando o resultado final da cirurgia (tudo o que o cirurgião NÃO quer).
Entender como funciona o processo cirúrgico, é essencial para um bom atendimento. Fiz um resumão sobre as principais cirurgias, clique aqui e leia antes de terminar a leitura deste post!
 Além disso, ter uma boa base fisiológica sobre os processos de inflamação, cicatrização e reparo, norteia todo o nosso tratamento (livros de fisiologia e patologia trazem esses temas muito bem).
Bom, sem mais, espero que gostem da leitura!


Antes de mais nada, precisamos deixar fixo na nossa cabeça, quais os objetivos principais de um atendimento em pós operatório. Isso também serve de diferencial para mostrarmos aos nossos colegas cirurgiões, as vantagens de eles encaminharem suas pacientes para a fisioterapia. E acreditem, eles só encaminham quando têm plena certeza que seu trabalho é bem feito e não vai prejudicar o dele. Em suma, nossos objetivos gerais são:

  • Reduzir o quadro álgico
  • Diminuir Edema
  • Evitar hematomas e equimoses
  • Evitar aderências cicatriciais
  • Evitar a formação de fibroses
  • Prevenir infecções

Vocês já devem imaginar que o nosso recurso principal num atendimento de pós operatório são nossas próprias mãos. A drenagem linfática manual é um recurso IMPRESCINDÍVEL. Logo no começo do blog, fiz uma postagem falando sobre drenagem, que você pode clicar aqui e ler para entender algumas bases (bem básicas mesmo) do nosso sistema linfático. 
Além disso, vale a pena ressaltar que as únicas técnicas de drenagem linfática reconhecidas pela sociedade brasileira de angiologia e linfologia são: LEDUC, VODDER E FOLDI. Não percam o tempo de vocês fazendo cursos de outras técnicas, pois vocês não terão respaldo científico em discussões e debates interprofissionais com os médicos, por exemplo.

Bom, ainda falando de drenagem, ela é o ponto principal para a redução de edemas. Com a redução de edemas, muitas vezes minimizamos o processo álgico. Além disso, a estimulação ao sistema linfático também melhora a defesa do nosso organismo, prevenindo infecções.
Por ser uma forma de mobilização tecidual, também previne formação de aderências e principalmente de fibroses.
Você deve estar se perguntando: Drenagem é tudo de bom, né? E a resposta é: É SIM.
Uma drenagem bem feita, respeitando a fisiologia correta do sistema linfático é 90% do nosso tratamento em pós operatório (Sem exageros!).

Mas Sara... E o ultrasom? E o vácuo? E a Radiofrequência? e... e... e??

Temos muito recursos eletrotermofototerápicos à nossa disposição, isto é fato. O que eu quero que vocês entendam é que, eles são apenas um COMPLEMENTO (nem sempre necessário) ao nosso trabalho manual. Vou citar alguns recursos que vocês podem estar unindo ao tratamento de vocês:

  • Ultrassom de 3MHZ - Pode ser utilizado para melhorar a cicatrização da cicatriz cirúrgica, por potencializar a proliferação de fibroblastos e incrementar a angiogênese, melhorando a vascularização local e extensibilidade dos tecidos ricos em fibras colágenas, conferindo uma melhor qualidade à aquela pele. NÃO DEVE SER USADO na fase inflamatória devido ao seu efeito de aumento de permeabilidade das membranas, que já está aumentada durante a fase inflamatória. Então, deixe para usar o US na fase proliferativa. Também pode ser utilizado para tratamento de fibroses e aderências (aliado ao tratamento manual, sempre).

Eu diria que nossas mãos e um ultrassom já estão de bom tamanho para um bom acompanhamento pós operatório. Mas se você já possui alguns aparelhos e quer saber de que modo pode usá-los, vamos seguir a lista:

  •  Microcorrentes - Também é um ótimo recurso para regeneração tecidual na fase de cicatrização, melhorando o aporte sanguíneo, evitando necroses e prevenindo cicatrizes hipertróficas, além de ser bactericida e possuir ação analgésica (a depender dos parâmetros que serão utilizados).
  • LED -  A associação do LED vermelho com o LED verde também é utilizada com o intuito de melhorar a nutrição da área, prevenindo necroses. Também age como anti inflamatório e anti microbiano.

- Eu não recomendaria o uso de vácuoterapia no tratamento de aderências e fibroses, pelo alto risco de causar deiscências das cicatrizes cirurgicas. Além do mais, a fibrose é muito bem tratada manualmente e com o auxílio de um US.
- A radiofrequência melhoraria o aporte sanguíneo e traria estímulo aos fibroblastos para melhorar a qualidade tecidual. Porém, só deve ser usada na fase de remodelação. Além disso, particularmente, eu só utilizaria a RF em casos de flacidez tardia. Para outros casos, utilizaria os recursos mais simples que já citei. 
- Exercícios respiratórios devem ser trabalhados sempre, desde a fase inflamatória. Após 45 dias, a paciente deve ser orientada à realizar pequenas caminhadas.
- A prescrição de cintas e pad's na maioria das vezes fica por conta do médico. Mas entender qual melhor indicação para cada tipo de cirurgia é muito importante para orientarmos a paciente. Além disso, alguns médicos preferem que esta indicação seja realizada pelo fisioterapeuta, o que vai exigir de nós este conhecimento.
- Dependendo da cirurgia, um trabalho de propriocepção e sensibilidade na área cirurgiada será necessário (muito comum em cirurgias de mama). Estimulação com diferentes texturas se torna bastante interessante, além de cinesioterapia para MMSS.

Como vocês podem perceber, a "fisioterapia clássica" não pode ser esquecida nem mesmo na estética. O uso de alongamentos, flexibilização e fortalecimento também é necessário a depender do tipo de cirurgia, tempo de pós operatório e estado de saúde do paciente.

Espero que tenham gostado do post, pessoal! Até a próxima!

Sara Neves.