Oi Pessoal, Tudo bem com vocês?

Hoje a gente veio conversar sobre um tema que rende bastante pauta: O envelhecimento.
Com certeza, um dos atendimentos mais procurados nas clinicas de estética, é o rejuvenescimento. Peelings, Radiofrequência, Microagulhamento, Revitalizações e hidratações cutâneas, Jato de Plasma, Micropuntura, entre outros infinitos tratamentos podem ser utilizados.
Contudo, nem tudo está em nossas mãos. Precisamos entender o que é o envelhecimento genético (intrínseco) e aquele devido à fatores ambientais (extrínseco). Só assim conseguiremos proporcionar tratamentos com resultados atingíveis, sem nadar contra a maré.


Antes de tudo, precisamos entender que o envelhecimento é um processo global e sistêmico, que todos os indivíduos estão sujeitos.
Todos os órgãos do nosso corpo sofrem as alterações do processo de envelhecimento. No entanto, a pele, por ser o maior órgão do nosso corpo e por estar constantemente em contato com o meio externo, é quem mais torna notório este processo.
A qualidade do envelhecimento está intimamente ligada com a qualidade de vida e hábitos que a pessoa desenvolveu ao longo da vida. Isto está relacionado com hábitos alimentares, atividade física, estado emocional, entre outros fatores.
O envelhecimento cutâneo (que é onde está o nosso foco de intervenção) é quando a pele, aos poucos, vai perdendo sua capacidade funcional e de reservas. Perdendo sua capacidade de reparação e se predispondo às doenças.
Vamos entender um pouco sobre quais são as consequências estruturais do envelhecimento na nossa pele?

Envelhecimento Intrínseco

É aquele envelhecimento que o indivíduo não consegue controlar. Ocorre por fatores genéticos e hereditários e também é chamado de envelhecimento cronológico.
Nesse tipo de envelhecimento, ocorre a degeneração e diminuição das fibras colágenas, elásticas e reticulares, além de diminuição das defesas antioxidantes e imunológicas da pele.
Algumas características marcam a pele envelhecida: palidez, diminuição das reservas hídricas, menor elasticidade e extensibilidade, rugas, ptoses, diminuição do tônus muscular, menor resistência da pele à agressões e trações externas.
Aos poucos, as glândulas (sebáceas e sudoríparas) vão perdendo a sua função e capacidade secretora, diminuindo o manto hidrolipídico e tendendo a um ressecamento da pele.
A síntese de vitamina D também entra em declínio, o que diminui a capacidade de proteção da epiderme contra a radiação UV.
Geneticamente falando, o envelhecimento está relacionado com o encurtamento dos telômeros.
Cada vez que as células se dividem, elas encurtam levemente seus telômeros. Como eles não se regeneram, chega um ponto que após a divisão celular, a célula perde total ou parcialmente a sua capacidade de divisão, por não permitir a correta replicação dos cromossomos, desencadeando o processo de envelhecimento celular.
Por fim, também nos cabe citar a ação dos radicais livres. Eles podem ser formados tanto por fatores endógenos (como processos inflamatórios), quando por fatores exógenos (como poluição), e podem afetar muitas moléculas biológicas, como os lipídios da membrana celular.

Podemos agora entender o motivo de utilizar dermocosméticos antioxidantes e com alto poder hidratante e umectante em peles envelhecidas.

Envelhecimento Extrínseco

Aliado ao envelhecimento cronológico, existem fatores externos que podem acelerar e potencializar o envelhecimento da nossa pele.
O fotoenvelhecimento é o carro chefe desta categoria: A exposição à radiação UVA, induz a formação de metaloproteinases (MMP), que são responsáveis pela degradação do colágeno e por alguns tipos de mutação genética relacionadas ao câncer.
Já a radiação UVB, causa lesões no nosso DNA e reduz a resposta imunológica da nossa pele. Sendo assim, aumentando o risco de mutações que podem se manifestar em células cancerígenas.
Além desses riscos, a exposição solar sem fotoproteção pode gerar hiperpigmentação devido ao estresse no qual os melanócitos são submetidos, dando origem à melanoses solares e até mesmo à melasmas.
O sol também degenera as fibras elásticas e colágenas, tornando a pele flácida e desvitalizada. A permeabilidade da membrana celular é alterada, tornando ineficiente a absorção de água e nutrientes.
Perceba que de nada adianta introduzir ativos na pele de um paciente que não utiliza filtro solar.

Outros fatores também podem contribuir para o processo de envelhecimento extrínseco: Poluição ambiental, calor e frio excessivos, fumo e álcool.
Por falar em fumo, ele é um fator forte no envelhecimento da pele. Ele promove a vasoconstricção, que gera diminuição do fluxo sanguíneo e consequentemente uma má oxigenação da pele. Pacientes fumantes dificilmente respondem bem à tratamentos voltados para o rejuvenescimento e você precisa saber desse detalhe durante a sua anamnese.

Bom gente, espero que o post tenha sido útil! Antes de iniciar um tratamento para rejuvenescimento, precisamos fazer uma boa anamnese e verificar se a paciente está exposta em excesso à esses fatores extrínsecos. Caso contrário, você estará tratando em vão. Precisamos primeiro afastar os fatores que agridem, para só então recuperar a funcionalidade e saúde dessa pele.

Até a próxima,

Sara Neves.

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REFERÊNCIAS:
Terapêutica em Estética - Fábio Borges.